sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Alguns cineastas e roteiristas

Nomes importantes podem ser citados na história do cinema, que quebraram o tabu quando o tema era "racismo". Esse post destaca pequenas biografias dos cineastas dos filmes analisados na minha IC. São eles: José Carlos Burle, Carlos Manga, Nelson Pereira dos Santos e Joaquim Pedro de Andrade

José Carlos Burle

José Carlos Burle (1910 -1983), carioca, foidiretor, produtor, roteirista e montador do cinema brasileiro. Burle fundou em 1941, ao lado de  Alinor Azevedo, o cinegrafista Edgar Brasil, o técnico de som e ator Moacyr Fenelon, e o Conde Pereira Carneiro, a Atlântida Companhia Cinematográfica do Brasil S/A. A Atlântida foi responsável por grande parte dos números musicais e comédias, chamadas chanchadas, realizadas entre as décadas de 40 e 50. Além das chanchadas, a Atlântida também produzia filmes de caráter sérios, abordando o Brasil a partir de seus aspectos sociais.

Seu primeiro filme foi Moleque Tião (1943), produzido pela Atlântida, que deu o ponta pé para a Companhia ganhar aceitação. Moleque Tião foi inspirado na vida de Grande Otelo, um moleque negro que sonhava com a ascensão artística.

Burle foi um dos primeiros cineastas a falar de frente sobre o racismo, isso fica claro na produção Também Somos Irmãos (1949), em que trata das relações afetivas multirraciais e das questões de negritude.

Carlos Manga

Carlos Manga iniciou sua carreira no cinema muito jovem, com seus 20 e poucos anos. Foi o ator Cyll Farney que o levou para a Atlântida, onde o futuro cineasta passou por uma série de funções dentro do cinema: foi assistente de contra-regra, ajudante de maquinista, vigia de almoxarifado e outras.

Manga também teve algumas influências que o impulsionaram para a carreira de cineasta, e o ajudaram a definir seu estilo, foram José Carlos burle e Watson Macedo.

Em 1953 Manga realiza seu primeiro filme como diretor, A Dupla do Barulho. Esta produção foi um tiro certeiro para Manga se consagrar, ele aprimorou sua estética influenciada no cinema hollywoodiano e abordou  questões raciais , sempre preocupado com temas de reflexão da sociedade brasileira.
Nelson Pereira dos Santos

Nelson Pereira dos Santos começou no Brasil no final da década de 50, que anos mais tarde se chamaria: Cinema Novo. Duas produções foram pioneiras desse novo gênero: Rio, 40 graus (1955) e Rio, Zona Norte (1957).

Em ambos filmes, se encontra um cinema que se aproximava do povo, a temática em torno das classes subalternas: preto e favelado, trabalhador, sambista, em contraste com as classes dominantes: branco e poder.

Esse cinema preocupado em retratar o popular é influência do cinema que estava acontecendo na Itália e na França: neo-realista italiano e Nouvelle Vague francesa que explorava as classes desfavorecidas e suas dificuldades de inserção na sociedade.

Joaquim Pedro de Andrade

Joaquim Pedro de Andrade começou no cinema na década de 50.Seu contato com a sétima arte se deu ainda na faculdade, quando currsava Física, participando das sessões e discussões do cineclube.


Uma das suas produções mais significativas foi Macunaíma, uma adaptação do clássico homônimo de Mário de Andrade, de 1928.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Ficha Técnica - Filmes para IC

Também Somos Irmãos (1949)
Direção de José Carlos Burle
Roteiro de Alinor Azevedo
Com Vera Nunes, Aguinado Carmargo, Jorge Dória, Ruth de Souza, Aguinaldo Raiol, Sérgio de Oliveira, Jorge Goulart.

A Dupla do Barulho (Atlântida - 1953)
Direção de Carlos Manga.
Roteiro de Vitor Lima e Carlos Manga
Com Oscarito, Edite Morel, Mara Abrantes, Renato Restier, Wilson Grey, Madame Lou, Átila Iório, Ambrósio Fregolene
 
           Rio, Zona Norte (1957)
Direção e roteiro de Nelson Pereira dos Santos
Com Malu, Jece Valadão, Paulo Goulart, Ângela Maria, Haroldo de Oliveira, Édson Vitoriano, Iracema Vitória, Zé Kéti.

Macunaíma (1969)
Direção e roteiro de Joaquim Pedro de Andrade
Com Paulo José, Diná Sfat, Milton Gonçalves, Rodolfo Arena, Jardel Filho, Joana Fomm, Maria do Rosário, Rafael de Carvalho, Wilza Carla, Zezé Macedo