Nunca fui cinéfila, muito pelo contrário, lembro-me de ter pouco contato com filmes quando pequena e muito menos com a stuação do cinema - uma sala escura, uma tela grande, uma série de pessoas entretidas com aquelas imagens em movimento que percorrem na frente delas. Não posso negar que para mim tudo isso era um fascínio!
Meu contato com o cinema surgiu já na Universidade, tardiamente. Ouvir as primeiras história sobre os Lumière, George Mèliés,Griffth e outros expoentes do universo da sétima arte foram me encantando, encantando e encantando. Aí, começou uma parte muito modesta ainda do que hoje, no terceiro ano da graduação, eu tenho como uma possível intenção de projetos futuros: trabalhar com o cinema.
O cinema, assim como a televisão, é um artefato da massa. É lúdico, é entretenimento, é educador, é doutrinador e, claro, o popular ditado popular: o famoso "faca de dois gumes". Sim! Ele denuncia um pensamento sócio-cultural de uma sociedade e, ainda, influencia diretamente nesse pensamento ora educando e ora doutrinando.
Mais um fascínio. Mais um tema para ser estudado.
Assim, com o cinema que estava aos poucos descobrindo, associei uma causa pessoal que trago comigo ao longo da minha vivência: o estudo das políticas, culturas e a sociedade afrobrasileira. Como juntar uma coisa a outra? Comecei a lembrar que nos filmes e nas telenovelas que já assisti, os personagens negros - e aqui, com toda a certeza do mundo -, majoritariamente, eram personagens caricatos, estereotipados, sempre assumindo um papel depredável e de baixa posição.
Achei o que estudar! A caracterização do negro no cinema brasileiro.
Achar meu tema não foi difícil. Agora vem a segunda etapa: buscar referências, escrever minhas ideias, reunir citações e seguir todo o processo de pesquisa que exige a Iniciação Científica e o Trabalho de Conclusão de Curso.
Porém, está apenas começando... muitas crises, frustações e descobertas ainda estão por vir.